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01 de Agosto de 2019
História de Gavião pintada em mural pela mão do projeto “Urban Youth”

URBAN YOUTH já valorizou vários espaços urbanos do concelho de Famalicão, através da pintura de murais, numa iniciativa do Município com a parceria de “A Casa ao Lado”, envolvendo mais de uma centena de jovens na preservação da identidade local.

  São já 11 os murais criados e pintados em diferentes pontos do concelho de Vila Nova de Famalicão no âmbito do projeto “Urban Youth” que envolve os jovens na preservação da identidade e da memória coletiva.
  Um dos murais embeleza a área de lazer junto ao parque desportivo das Ribeiras, na freguesia de Gavião, e foi ontem visitado pelo presidente da Câmara Municipal de Famalicão, Paulo Cunha.
 
  Com o projeto “Urban Youth”, promovido pelo município, através do pelouro da Juventude, em parceria com “A Casa ao Lado”, “estamos a dar um contributo para perpetuar a história e a memória coletiva” afirmou Paulo Cunha que enalteceu a participação dos jovens.
  “Cada jovem que participa nesta iniciativa é tocado por ela na medida em que fica a conhecer melhor a comunidade, quer viva nela ou não” reforçou o edil famalicense. 
  Cada projeto envolve, no máximo, 20 jovens, mas este número “é simbólico” assumiu Paulo Cunha, assumindo que o objetivo é que “todos os jovens façam parte da memória coletiva”.
  “Estamos a dizer aos jovens que participem na definição do seu futuro sem perder as raízes com o passado” acrescentou o presidente da Câmara.
 
  Para criar o mural do Parque das Ribeiras, os jovens inspiraram-se e estudaram a história e as lendas associadas ao surgimento da freguesia de Gavião, nomeadamente a ave e a árvore.
  Paulo Cunha mostrou-se surpreendido pelo resultado e pelo processo, sobretudo pela forma como conseguiram pôr o imaterial - a história da freguesia - num suporte físico e num espaço que é importante para a comunidade.
  Outra mais-valia do mural é “suscitar a curiosidade” de outros em relação à história da freguesia de Gavião. Dirigindo-se aos jovens, realçou: “mais pessoas, como vocês, vão poder perceber como surgiu Gavião ou vão ter elementos para ir à procura da história”.
  O edil famalicense apontou que o objetivo é realçar os elementos identitários de cada freguesia, “não por razões bairristas, mas para reforçar a necessidade de quem vive naquela comunidade ir à procura das duas origens”.
  “Neste caso são os jovens que proporcionam esta oportunidade” fomentando o convívio inter-geracional, sublinhou Paulo Cunha.
 
  O presidente da Junta de Freguesia de Gavião, António Brandão, destacou o envolvimento dos jovens e mostrou-se satisfeito com o resultado que “representa bem a história da freguesia”.
 
  Ricardo Miranda, um dos diretores artísticos de “A Casa ao Lado”, faz um balanço “muito positivo” do projeto “Urban Youth”.
  Para Ricardo Miranda, “não é só o acto de pintar, é o acto de conhecimento da história de cada local e o acto de se relacionar.
  O dirigente de “A Casa ao Lado” vê no projecto “um espaço de encontro e de trabalho em conjunto” que proporciona aos jovens envolvidos e já foram mais de uma centena - a oportunidade de “ficarem a conhecer melhor o território do concelho”.
 
  Para Gonçalo Lopes, de 16 anos de idade, um dos jovens envolvidos no “Urban Youth”, o mais importante do projeto
“não foi a pintura, mas o ambiente gerado” que formou “quase uma família”. O jovem assumiu que não conhecia Gavião, mas ficou a conhecer melhor.

Correio do Minho 01 de agosto de 2019

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